Por: Cida Bastos
Em ritmo acelerado, o desmatamento na região quintuplicou em apenas dois meses.
De acordo com medições realizadas por satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais ), nos meses de março e abril, houve um acréscimo preocupante de 5 vezes no desmate da Amazônia. Este dado alarmante mostra que em comparação ao mesmo período em 2010 ocorreu uma alta de 473%.
Os satélites do Inpe oferecem dados em tempo real e com mais precisão. O registro mais recente acusa que 593 km² (equivale a terça parte da cidade de São Paulo) de florestas sofreram cortes de motosserras, correntões e tratores, capazes de facilmente devastar uma imensa quantidade de árvores de uma só vez.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pretende adotar medidas para frear este ritmo de desmate nas florestas “A ordem é reduzir até julho, não queremos taxa anual do desmatamento”, afirma Izabella Teixeira e acrescenta junto com o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vão “sufocar” esta ação desordenada dos responsáveis pelo desmatamento.
Solução
Para fazer fronte aos desmatadores o Governo vai disponibilizar cerca de 500 fiscais em campo, apenas no Mato Grosso (estado que obteve índice elevado do avanço da prática de desmate-80% sobre o total). O Estado pretende dar uma atenção maior para os últimos três meses do ano, pois são os que costumam registrar o maior volume de desmate, devido à seca neste período na região.
Conforme relatos de técnicos da área ambiental existe a possibilidade do avanço das motosserras estar relacionado as mudanças ocorridas no Código Florestal pela Câmara.
Ramiro Costa, Superintendente do Ibama no estado de Mato Grosso, informa que não existe uma explicação lógica para esta situação. O Coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Márcio Astrine, ressalta que o aumento dos desmates ameaça as metas internacionais firmadas pelo Governo Brasileiro.
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