Reflexo das novelas na vida da sociedade
Por cida Bastos
Às Vezes fico na dúvida se a arte imita a vida ou a vida imita a arte. Diante da complexidade do caso, comecei a observar que os exemplos que os autores televisivos trazem nada mais são, que a realidade da vida real de pessoas normais.
A dramatização da vida está na sua casa, na do vizinho ao lado, na minha casa e assim por diante. As histórias são contadas e cada um tem seu problema momentâneo ou eterno. Não cabe a ninguém decidir quem sofre mais.
Claro que o registro nas novelas muitas vezes não consegue seguir a risca a realidade, mas nenhum quadro ou foto é capaz de chegar à perfeição do que é real. Nenhum pintor, fotógrafo com mais técnica ou tecnologia conseguiu chegar a essa verdade, mas sim, extraiu o mais próximo dela.
A favela e os favelados das novelas brasileiras, talvez sejam um pouco mais burgueses, porém é difícil também apresentar para quem vive nela que a realidade deles é feia. Será que eles interpretariam como uma ofensa? Será que eles aceitariam essa afirmação televisiva? Muitas vezes ouvi e disse: “eu posso falar, mas outro não”. Relato isso para mostrar e entender que a forma que pensamos, é difícil de aceitar. Nem sempre queremos a proximidade com as verdades da vida.
Atualmente considero que diante de muitas criticas, autores e diretores estão reavaliando até que ponto podem chegar na dramaticidade alheia.
O elenco de atores do Brasil é um fenômeno a parte. Aliás, brasileiro não tem só uma seleção de grandes craques das artes dramática, mas sim várias.
Com isso, quem ganha é o telespectador que vem se identificando ou reconhecendo alguém em cada personagem, em cada história.
Recentemente tenho uma prova que o que eu digo não é nenhuma loucura. Na novela, “Escrito nas Estrelas”, o autor apresenta dois lados da moeda. De um lado, uma família que tem uma mãe vivida pela atriz Carolina Kasting (Judite) que comete o crime de Alienação Parental, ou seja, manipula a cabeça da criança que o pai está o abandonado, não liga mais para a família e assim por diante. Tudo para continuar casada. Para contrapor a isso, a médica Jani (Gisele Fróes) evita a qualquer custo não contar a verdade para a filha sobre um pai irresponsável, pilantra e que ela tanto venera. Contei esses fatos de novelas para trazer a realidade a tona.
Em veículos de todo Brasil foi anunciada a morte de Joana, uma criança de 5 anos, que foi arrancada dos braços materno, por uma ação judicial desastrosa. A criança foi espancada e assassinada pelo seu próprio pai, o técnico judiciário André Rodrigues Marins, enquanto ele tinha a guarda legal da menina, baseada na lei de crime da Alienação Parental (um dos genitores difama o outro para o filho após a separação).
Analisar casos e casos é uma tarefa árdua, mas conhecer ao máximo as duas moedas é fundamental.
Geralmente as pessoas tentam fugir de psicólogos por uma questão de preconceito ou medo do que os outros vão pensar. Na novela da vida real de Joana, segundo profissionais de direito caberia a participação do psicólogo na decisão técnica da ação judicial, mas isso não foi feito. Já em Escrito nas Estrelas, Judite se recusa com veemência no tratamento psicológico. Entretanto, Jane não exita em procurar a psicóloga e amiga para acompanhá-la nesta difícil jornada familiar. Por enquanto nada tão trágico foi apresentado na novela da seis da rede Globo como o caso de Joana.
Ser ou não ser eis a questão? E aí, a vida imita a arte ou a arte imita a vida? Ou será que a arte é só um reflexo da realidade? Pense Nisso!
Um comentário:
parabéns pelo Blog. Uma boa iniciativa. Gostei muito do texto também.
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